segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Resultados - jornada 11

Liverpool, 1 - Arsenal, 1

marcadores: 1-0 (Gerard), 1-1 (Fábregas)

Um dos jogos mais apetecíveis da jornada, duro teste para os comandados de Wenger, a realizarem uma temporada impressionante, até ao momento. Era também a oportunidade ideal para o Liverpool recuperar o atraso de 6 pontos para o líder, numa fase algo conturbada da época, com a irregularidade exibicional a ter reflexos na pontuação. Em posição periclitante na Champions, os reds procuravam, junto dos seus adeptos, recuperar alguma da confiança perdida. Começaram bem, com um golo aos 7’ do seu carismático capitão, Gerard, mas os gunners, demonstrando uma personalidade ímpar, conseguiram discutir o jogo empatar, aos 80’, com mais um golo de Fábregas, que se redimiu de um falhanço inacreditável, deixando escapar um golo feito, com a baliza deserta. A bela armada do Arsenal, escolhida anos a fio pela sagacidade de Wenger em descobrir talentos, continua a demonstrar que quer discutir, até final, o ceptro da Premier League. Fábregas, esse, é cada vez mais o “patrão” da equipa, assumindo uma função idêntica à de Lampard, nos rivais londrinos do Chelsea, descobrindo este ano a sua veia goleadora. E por pouco o Arsenal não levou os 3 pontos, com um remate portentoso de Fábregas a embater no poste, à beira do apito final>Reading, 2 - Newcastle, 1

marcadores: 1-0 (Kitson), 1-1 (Duberry, pb), 2-1 (S.Long)

Resultado que deixa algum amargo de boca. O Newcastle foi sempre uma das minhas equipas predilectas em Inglaterra, e a contratação, esta temporada, de Sam Allardyce, prometia outros voos. Não que, nesse aspecto, eles estejam a decepcionar, mas se a equipa pretende discutir um posto de acesso à Champions, é importante pontuar fora de casa, pois S.James Park tem sido, até ao momento, um reduto inexpugnável. Se partirmos do princípio que os grandes – M.Unites, Arsenal, Chelsea e Liverpool – são os candidatos naturais aos postos cimeiros, era importante que o Newcastle aproveitasse a irregularidade de Liverpool e do Chelsea, esta aparentemente desfeita. O Reading obtém uma importante vitória, que o mantém abrigado da zona de despromoção, continuando a ser um adversário duro de roer em casa.

Tottenham, 1 - Blackburn, 2

marcadores: 1-0 (Keane, gp), 1-1 (McCarthy), 1-2 (Veijeany)


Já sem Martin Jol, o técnico mais bem sucedido dos últimos 20 anos dos spurs, e ainda sem Juande Ramos, o ex-técnico do Sevilha, o Tottenham continua o seu calvário. Depois do 5º lugar da última temporada, nada fazia prever este descalabro, sobretudo se tivermos em conta os montantes milionários gastos no defeso, no reforço da equipa para o assalto aos lugares de acesso à Champions. Defrontando a excelente equipa do Blackburn, assumida candidata à Europa, os spurs adiantaram-se com um penalty de Robbie Keane, mas um golo de McCarthy na 2ª metade empatou a contenda. E, quando as coisas correm mal, elas correm mesmo mal. Tal como a teoria do caos, o Tottenham sofreu novo golo nos descontos (já tinha acontecido em Liverpool e em Londres, com o Fulham), que lhe sonegou um precioso ponto. Vida difícil para o novo treinador, num desafio de grau de dificuldade elevada. Nos visitantes, Mark Hughes tem sabido transformar a ideia negativa que, em anos anteriores, os adeptos tinham dos Rovers. Conhecidos pelos bad boys, pela mistura de futebol e karate que praticavam, o bom futebol tem vindo a surgir em Ewood Park, sendo actualmente um dos clubes que melhor e mais excitante futebol praticam.

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